Depois de ter sido anunciado na terça-feira ao lado de Tony Júnior e Elias como novos reforços para a sequência da Divisão de Acesso e o Troféu Rei Pelé, o meia Vítor Júnior, de 36 anos, foi apresentado nesta quinta pelo Pelotas, na Boca do Lobo. O jogador falou sobre o novo desafio da carreira, as passagens por grandes clubes do futebol brasileiro e também de suas características de jogo, que mudaram nas últimas temporadas. 

Gaúcho de Porto Alegre, Vitor Júnior disse que ficar próximo da família foi um dos fatores que o fizeram aceitar a proposta do Pelotas. O meia também citou a “camisa pesada” e a chance de jogar em um clube tradicional do Rio Grande do Sul. “Falar de Pelotas é falar de tradição, falar de time grande. Quando tive primeiro contato com o Wiliam [Campos], juntamente com a minha família, a gente conversou e vimos que seria uma oportunidade muito grande de vestir uma camiseta tão pesada como é a do Pelotas”, afirmou. 

Ao torcedor áureo-cerúleo, o jogador deixa um recado garantindo que fará o máximo para ajudar a equipe a conquistar uma vaga na elite do futebol gaúcho. “O clube está contratando um cara que vai vir realmente pra vestir a camisa, sei da minha responsabilidade e quero dentro de campo fazer o melhor pra ajudar o Pelotas a conquistar o acesso”, disse. 

Condição física 

O último jogo de Vitor Júnior foi em março, ainda pelo Paranoá, do Distrito Federal. Recentemente o meia estava mantendo a forma física treinando com a equipe do Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio Grande do Sul (Siapergs). Questionado sobre sua estreia neste domingo contra o Guarani-VA, o jogador diz que deve ficar à disposição somente na próxima rodada. 

Passagem por grandes clubes 

Durante a carreira, Vitor Júnior atuou em vários grandes clubes do Brasil como Inter, Corinthians, Cruzeiro e Santos, entre outros. O meia ressaltou que mesmo hoje estando em outro patamar da carreira, encara o desafio de jogar no Pelotas com a mesma seriedade. “Só sei que passa muito rápido. Hoje estou falando com vocês aqui, tenho 36 anos, mas me sinto muito bem. Amo o que eu faço e por isso estou aqui. Futebol é lindo, é a coisa que sei fazer. Sendo no Corinthians ou sendo no Pelotas é a coisa que amo, então vai ser do mesmo jeito, da mesma forma. Eu encaro isso como uma grande responsabilidade”, disse. 

Características 

O jogador afirmou que ainda não conversou com Wiliam Campos sobre onde será utilizado, mas que prefere atuar por dentro. “Eu sempre fui meia de origem, mas alguns treinadores me colocaram pra jogar aberto como ponteiro. Tive grande fase no Botafogo fazendo essa função. Mas gosto mesmo é de jogar por dentro, como meia. Quando a gente vai ficando mais velho, a gente vai jogando mais por dentro por não ter mais a velocidade que tinha antes. […] Tenho bastante explosão ainda, não vim aqui pra ficar dando tapa pro lado, quero buscar o jogo, colocar os meus companheiros na cara do gol, que é o que sei fazer”. 

Fala Chamega 

Antes de Vitor Júnior falar com a imprensa, o diretor de de futebol, Marcelo Chamega, apresentou o meia. Para ele, trata-se de um excelente jogador e de uma pessoa com caráter. “Foi uma conversa que nós tivemos com o Wiliam Campos. Chegamos no nome do Vitor Júnior por se tratar de uma pessoa com caráter e um excelente jogador, com uma qualidade avançada e hoje é o que o Pelotas precisa”, disse. 

Questionado sobre a busca por um centroavante, Chamega garantiu que a direção segue atenta ao mercado, mas que não estão negociando com nenhum. “Hoje nós não estamos procurando ninguém. Estamos atentos ao mercado, mas hoje o Pelotas já contratou os três atletas e não estamos atrás desta referência, mas estamos atentos assim que pintar algum atleta pra nós. […] Hoje não é o que mais queremos, o que mais queríamos eram estes três aletas pra dar consistência e criatividade para o grupo”, explicou. 

Hoje, na posição de centroavante, o Pelotas conta com Robério e Walter, mas Chamega admitiu que nos treinamentos o técnico Wiliam Campos está testando o extrema Thalles na função.